10 Jun
10Jun

Tempo: 10 minutos

Público alvo: Pessoas ligadas à economia, estudantes, administradores, especialistas, pessoas comuns, etc.

Nome do Canal do youtube: Economia ao seu Alcance

Introdução: (00:00 - 00:30) Canal Economia ao seu Alcance

Gancho: Olá meus queridos amigos do Canal Economia ao seu Alcance. Trataremos hoje de um assunto bastante atual que influencia vários países do mundo, inclusive o Brasil. A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, e suas implicações. Este embate econômico tem sido notícia nos noticiários há muitos anos. Vamos desmistificá-lo! Fique com a gente!

Visual: Abertura do canal, imagem do narrador, imagens mostrando o mundo interligado, a produção de produtos agrícolas e tecnológicos.

Comércio entre duas potências (00:30 - 2:30) - O início de tudo

Narração: Os Estados Unidos vêm liderando o mundo capitalista há muito tempo. Depois da guerra fria, com o fim da união soviética e o socialismo, uma nação surgiu como alternativa à hegemonia econômica norte-americana. A China aproveitou os benefícios da globalização como nunca, e vendeu seus produtos para todo o planeta, se tornando a segunda maior potência do planeta. A competição entre as duas nações se acirrou em 2018, com uma imposição de tarifas mútuas, iniciando um conflito econômico de grandes proporções.

Essa guerra comercial não afeta apenas os dois países, mas o mercado global sente seus efeitos de diversas maneiras. Vale ressaltar que há períodos de tréguas, e também de uma maior tensão entre a China e os EUA. O país asiático acusa os norte-americanos de utilizar práticas comerciais desleais, como roubo de propriedade intelectual, subsídios estatais e barreiras a empresas estrangeiras a seu país. Mas convém lembrar que Pequim também tem atuado de forma inusitada, em muitas situações. 

No início da administração Trump, em 2017, houve uma preocupação norte-americana de proteger a sua indústria, e reduzir seu déficit comercial. Por essa razão, aumentou as tarifas de vários produtos chineses. O país asiatico retaliou a medida, aplicando tarifas a produtos dos EUA, como os agrícolas, especialmente a soja. A disputa se acirrou, com a inclusão de novos produtos dos dois lados. Em 2025 algumas taxas norte-americanas chegaram a 145% e as chinesas, a 125%, sobre os produtos de seu rival econômico.

Imagem: Narrador, portos com os produtos sendo embarcados, presidente Trump e Xi Jinping.

Impacto na economia dos dois países (02:30 - 04:30) 

Narração: O aumento das tarifas de importação de produtos afeta uma grande parte da população dos dois países, principalmente os consumidores e as empresas que realizam esse tipo de negociação. Nos EUA, os produtos chineses ficaram mais caros, o que contribuiu exponencialmente para uma maior pressão inflacionária. Na China, houve uma dificuldade na exportação de seus produtos, o que ocasionou a perda de empregos e a redução de sua produção.

Com essas medidas, o comércio bilateral entre as duas maiores nações do planeta sofreu uma enorme redução. Em 2024,os EUA importaram da China US$440 bilhões, e exportaram US$145 bilhões. Houve, portanto, um déficit comercial de US$295 bilhões. Estima-se que o conflito econômico possa reduzir o PIB dos dois países, para os norte-americanos, cerca de 0,7% e para o país asiático, 0,6%. 

As cadeias de suprimento nesta guerra comercial tiveram que se reorganizar, pois as incertezas e os custos elevados, fizeram com que empresas buscassem outras opções, principalmente para sua cadeia de suprimentos. Houve então a realocação dos produtos para outras nações como as do Sudoeste Asiático, ou mesmo voltando as atenções para seus próprios países, o chamado reshoring. São inúmeras consequências, como gargalos logísticos, e interrupções de cadeias de suprimentos. Essa situação já estava problemática devido a pandemia da covid-19.

Imagem: Narrador, Pessoas comprando em supermercados, infográfico com informações

Tecnologia e influência (04:30 - 05:30) 

Narração: Essa hostilidade comercial entre EUA e China acabou por afetar outros setores, e a guerra acabou se tornando tecnológica, com inúmeras consequências. Houve restrições à tecnologia sensíveis e suas exportações, como no caso dos semicondutores. A competição ficou acirrada na busca pelo topo do ranking para o 5G e a inteligência artificial. O conflito de influência se tornou latente, onde cada país buscou formar blocos comerciais paralelos,  houve uma tentativa de tornar alianças geopolíticas mais fortes. O mundo acabou se polarizando novamente, com vários países apoiando um ou outro, mesmo que a grande maioria das nações façam comércio tanto com os EUA quanto com a China.

Efeitos globais da guerra econômica (05:30 - 06:30)

Narração: Esse conflito comercial entre as duas potências gerou consequências em todo o planeta. O comércio global apresentou uma desaceleração expressiva em seu volume total. Houve um efeito dominó, que alterou significativamente as economias de nações que eram dependentes destas rotas comerciais. 

Sendo assim, o mercado internacional se tornou incerto, e houve uma redução de investimentos considerável. A queda na confiança levou a uma procura por ativos mais seguros, como por exemplo, o ouro e moedas fortes. Investidores passaram a descartar operações com alto risco. Além disso, a inflação disparou, junto com a estagnação econômica. Essa questão, chamada de estagflação, tem sido debatida por inúmeros especialistas.

Imagem: Narrador, investidores, infográfico sobre a inflação e o PIB.

Impactos econômicos negativos e positivos (06:30 - 07:30)

Narração: Para alguns países, a guerra comercial entre os EUA e a China trouxe alguns benefícios. Muitos se tornaram fornecedores alternativos para as duas nações. O Brasil é um deles. Nos estados do Centro-Oeste e do Sul, eles puderam aumentar seus ganhos de uma maneira expressiva, já que a China passou a comprar mais produtos agrícolas destas regiões. No entanto, nos estados do Sudeste, que dependem bastante da indústria e comércio dos EUA, houveram algumas perdas. Outros países também sofrem com o problema.

O multilateralismo ficou fragilizado, visto que ambos os lados apresentaram uma postura extremamente protecionista. Algumas instituições como a Organização Mundial do Comércio (OMC) sentiram os efeitos. O livre comércio e a cooperação internacional sofreram grandes reveses. Não se sabe ainda até onde esse conflito econômico irá chegar, são duas nações que buscam ampliar sua influência global.

Perspectivas de futuro do comércio mundial (07:30 - 08:30)

Narração: O conflito econômico entre os EUA e a China não parece que irá acabar tão cedo. Felizmente há períodos de trégua, mas também de tensões. O fato é que há uma rivalidade estratégica entre os dois países, influenciando o mercado global como um todo. As decisões de investimentos, estratégias industriais, e políticas externas sofrem as consequências, em um cenário de fragmentação econômica e competição geopolítica. O futuro econômico mundial depende da evolução dessa guerra comercial, da relação complexa entre as duas nações. É preciso que busque por um caminho mais harmônico e estável para que haja uma coexistência benéfica para todos.

Imagem: Narrador, Presidentes dos EUA e China se encontrando.  

Conclusão (08:30 - 10:00) 

Narração: Como podemos ver, a guerra comercial entre os EUA e a China, afetam economicamente os dois países e também o mundo. Ações de protecionismo tem se tornado cada vez mais frequentes. Nenhum país quer abrir mão de seu comércio, quer fortalecer seu mercado interno e negociar com outros países. De fato, blocos econômicos como a União Europeia tiveram grande sucesso no passado, assim como o Nafta que engloba o Canadá, os EUA e o México. No Brasil temos o Mercosul. 

Os Brics despontam como uma alternativa para a China, que favorece outras nações como o Brasil. Anteriormente, os tigres Asiáticos também conquistaram uma boa posição global. O mundo de hoje não possui espaço para o protecionismo, as nações precisam uma das outras, então é provável que haja mais períodos de trégua. Mas a competição, é claro, é acirrada.

Mensagem final / CTA: Esperamos que nosso programa de hoje do Canal Economia ao seu Alcance, tenha sido bastante educativo. Agradecemos sua atenção, compartilhe com seus colegas e parceiros, faça comentários, o que você acha dessa guerra econômica entre os EUA e a China? Nos vemos no próximo programa. Até lá!

Imagem: Narrador, encontro dos Brics, União Européia, fechamento do programa.    

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